GNT_Entrevista Quebra Cabeça

GNT_Entrevista Quebra Cabeça
21:00 Quebra-Cabe_ Andando sozinho: O psicanalista Cesar Ibrahim, que tem um extenso trabalho com adolescentes,fala da importância desses "pequenos passos" na infância e como eles ajudam na construção de um adulto mais autônomo.

De férias em Ilheus, mas ministrando palestras para pais e professores da educação infantil

Por: Alice Ferruccio, Psicóloga


Cesar, desta vez em Ilhéus, de férias, preencheu nossas tardes com mais algumas reflexões sobre como dar limites para nossos filhos e alunos. A palestra foi direcionada para pais e professores da educação infantil.
Ele fez uma bela apresentação para cerca de 30 pais e professores. Isabel, diretora da Escola Mondrian de Educação Infantil
, abriu com os agradecimentos aos pais e professores por participarem do encontro, mesmo no pico das férias. A escola estava em reforma e por esta razão a palestra aconteceu em um dos pontos turísticos mais lindos da cidade.
Cesar iniciou redefinindo as nossas fases cronológicas e usando palavras do Leonardo Boff afirmou que estas fases não são cronológicas, mas psicológicas. A platéia riu, mas entendeu o recado.
Cesar falou sobre a estrutura psíquica das crianças pequenas e das funções do ego. O ego é um aparelho de adequação. Ele ajuda o sujeito a equacionar o conflito entre os desejos do ID e as imposições limitadoras do superego. Todo e qualquer movimento que a criança faz desde muito cedo é para remunerar, de forma libidinal, o seu próprio ego. Ela está, nesta fase, totalmente imersa no princípio do prazer e cabe aos pais e professores a ajudá-los a passar do princípio do prazer para o princípio da realidade.
A família idealizada foi apresentada como sendo aquela fruto do nosso desejo. Durante nossa evolução passamos por diversas etapas onde esta família passou a ter diferentes configurações. Se no passado não podíamos planejar nossa prole, ela era apenas fruto do acaso, com a evolução tecnológica passamos a planejá-la e a materializá-la segundo nosso desejo.
Não queremos que este projeto dê errado, mas, por vezes, erramos muito quando não conseguimos dizer não para nossos filhos. Não queremos vê-los infelizes e acabamos dando mais do que o necessário. O papel dos pais e professores é ajudar neste desalojamento do sujeito para que ele possa se movimentar. Desenvolver é tirar o sujeito do envolvimento e prepará-lo para o mundo.
As crianças pequenas precisam passar pelo destronamento para poderem conviver com os outros seres humanos. O papel da escola neste processo é fundamental.
Cesar fez algumas imersões no tema princípio do prazer e princípio da realidade e também abordou a questões dos pais separados, da família tentacular e da difícil tarefa de educá-los em uma sociedade imersa no hedonismo e no consumismo voraz.
O tempo foi curto para dar conta de tantas perguntas que foram surgindo, mas a mensagem sobre a importância da educação infantil e a saúde mental do sujeito foi passada.
Mais uma vez Cesar afirmou: "a saúde mental do adulto vai depender da qualidade da educação desta criança". A mensagem final foi que a família e a escola precisam trabalhar em conjunto para que este desalojamento e, consequentemente, desenvolvimento, aconteça. Tudo vai depender de quanto a matriz original ("mãe") se preparou para ajudar seus filhotes a ganharem o mundo. A escola vai ajudar neste processo, mas não poderá fazer isto sozinha.

terça-feira, 22 de março de 2011

Usina permanente de atores da Globo

Seminário sobre a " Os efeitos psíquicos da fama sobre a trajetória profissional do ator"
Na Usina permanente de atores da Globo

Local: Projac

Datas :25/3 e 01/4/11

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A ADOLESCÊNCIA ENTRE O EXCESSO E O DÉFICIT DE ATENÇÃO DOS PAIS

Programação de Julho Casa do Saber _ Lagoa - Rio de Janeiro
A ADOLESCÊNCIA ENTRE O EXCESSO E O DÉFICIT DE ATENÇÃO DOS PAIS


César Mussi Ibrahim

A vida adolescente é marcada pela alternância entre o atendimento das demandas internas e o cumprimento das exigências ditadas pela cultura. A pretensão de tornar-se “popular” entre seus pares é parte integrante da mobilização do jovem na busca da construção de uma identidade que atenda à necessidade de escapar do anonimato. O curso pretende discutir o papel tutelar daqueles que, supostamente, deveriam regulamentar o campo do desejo sob a forma de um exercício implicado com a adoção genuína e amorosa dos próprios filhos.

Início: 07 JUL
Duração: 4 encontros semanais
Dias/horários: Quartas-Feiras, às 20h (07/07, 14/07, 21/07, 28/07)
Valor: R$ 160,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00






Tel.: 222-SABER

Horário de funcionamento: segunda a sexta: 11h às 20h

E-mail:
inforio@casadosaber.com.br


07 JUL | 1. A QUEDA DA MORTALIDADE INFANTIL
A queda da mortalidade infantil e o advento dos métodos contraceptivos produzindo a lógica do “filho desejado”.

14 JUL | 2. AUTORIDADE E TRADIÇÃO
As implicações históricas do desprezo pela autoridade determinando as alterações do exercício das funções paterna e materna. Por um lado o zelo e por outro a permissividade excessiva.

21 JUL | 3. A DIFICULDADE DOS PAIS
A dificuldade dos pais de se debruçarem genuinamente sobre o desenvolvimento dos filhos terceirizando a responsabilidade para a imensa oferta de especialistas disponíveis no mercado de atenção aos jovens.

28 JUL | 4. IMPASSES NO ESTABELECIMENTO DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno do déficit de atenção (TDA) dos filhos ou desatenção eventual dos pais?


César Mussi Ibrahim. Professor na PUC-Rio e psicanalista, especializado em terapias de família e de adolescentes. Mestre em Psicologia pela PUC-Rio.

domingo, 1 de novembro de 2009

"A origem da motivação humana. É possível despertar a motivação das pessoas no ambiente de trabalho?"

"A origem da motivação humana. É possível despertar a motivação das pessoas no ambiente de trabalho?"

Alice Ferruccio

Doutora em Engenharia de Produção, Psicóloga, Professora do IME e da UFRJ e Diretora da ABRH-RJ

Cesar Mussi Ibrahim

Mestre em Psicologia, Psicólogo, Psicanalista e Professor da PUC-RJ

O tema da ABRH deste ano de 2009 é Felicidade com Trabalho. Para a ABRH Felicidade com trabalho é gostar do que se faz. É ter prazer na realização das suas atividades dentro do seu ambiente de trabalho.

Uma pergunta muito importante é: como podemos medir a motivação das pessoas no ambiente organizacional? Como saber se uma pessoa está motivada e por quê? Na verdade, é possível medir certas condições internas e externas?

Há pelo menos cinco problemas básicos que os dirigentes enfrentam: identificar quem é líder; saber qual é o objetivo da liderança; qual o contexto cultural que envolve a liderança; qual a tarefa a ser realizada e qual a fase evolutiva do líder e dos subordinados para podermos trabalhar a motivação das equipes de trabalho. Esses cinco problemas precisam ser solucionados para que a liderança obtenha um bom resultado e que consiga despertar a motivação das pessoas e conseqüentemente alcançarem os objetivos organizacionais e materializarem a posição que a empresa desenhou na sua visão estratégica de futuro.

Ao procurarmos uma definição sobre o que é motivação, encontraremos uma infinidade delas. Cada autor, num determinado contexto, enfocando determinados aspectos, fórmula, segundo o seu ponto de vista, uma teoria, um modelo que serve, a princípio, para explicar o que é motivação mesmo que superficialmente.

Temos ao longo da história, vários autores que formularam teorias até hoje aceitas que procuram explicam o que é a motivação. As teorias de Douglas McGregor, Frederick Herzberg, Abraham Maslow, William Ouchi, David C. McClelland, John W. Athinson, Clayton Alderfer, B. F. Skinner, Rensis Likert, Freud e muitos outros servem como base para nortearem as pesquisas e ações nas organizações. Na verdade muitas destas teorias focaram nos fatores externos e não tão profundamente nos fatores internos. Os fatores externos são vernizes que passamos nas pessoa, mas descascam e perdem seu brilho rapidamente. Os fatores externos produzem a não insatisfação; eles não conseguem mobilizar a pessoa para a sua verdadeira motivação.

O ambiente da empresa, isto é, seu clima organizacional possui uma forte relação com a motivação das pessoas. Quando a motivação entre os membros de uma organização está elevada, o clima organizacional é de colaboração, interesse e satisfação. Já a baixa motivação entre os membros se traduz em sentimentos de frustração e em última instância a diminuição da produtividade. O clima organizacional desfavorável pode apresentar estados de desinteresse, inconformidade, insatisfação etc.. Estes estados podem levar as pessoas a se defrontarem abertamente com a organização e despertarem conflitos substanciais e emocionais muitas das vezes latentes ou mal resolvidos.

Mas a pergunta ainda é: por que isto ocorre? É possível despertar a motivação das pessoas no ambiente de trabalho?" É possível reverter este quadro?

Há algumas variáveis que influenciam o clima organizacional: clareza organizacional (percepção clara dos objetivos, metas e planos por todos os integrantes); estrutura para tomada de decisões (forma como o fluxo de informações para a tomada de decisão atravessa a estrutura organizacional); integração organizacional (cooperação e comunicação entre as áreas a fim de alcançar as metas e objetivos); estilo gerencial (liberdade das pessoas para questionar a forma como elas são incentivadas a ter iniciativa para cumprir suas responsabilidades); orientação para o desempenho (grau de ênfase que é dado no cumprimento de metas e objetivos, assim como altos níveis de desempenho); vitalidade organizacional (como as pessoas vêem o dinamismo, a audácia e o grau de inovação da empresa em relação às mudanças no ambiente de negócios); remuneração (sistema de remuneração justo, competitivo e relacionado ao desempenho) e o desempenho de recursos humanos (oferta de oportunidade de desenvolvimento do potencial das pessoas).

Vamos destacar uma variável pouco investigada (apenas superficialmente) nas pesquisas de clima aplicadas na maioria das organizações a dos modelos identificatórios que são oferecidos pelas lideranças. Os gestores das motivações alheias são os principais responsáveis pela garantia da satisfação dos seus liderados. Na medida que este líder consegue abrir mão do seu narcisismo (abdicar ao trono) e aceitar a sua própria condição de incompletude ele vai estar mais preparado para aceitar e apoiar seus liderados para que eles possam também fazer suas renúncias e caminharem na direção não somente do seu des-envolvimento (sair do casulo, do invólucro, do trono, do centro) intelectual como também para o seus des-envolvimento psicológico.

Não temos uma ferramenta para medir precisamente este desenvolvimento - Índice de Desenvolvimento Psicológico (IDP)-, mas algumas teorias, ainda de forma superficial, se arriscam a elaborar explicações sobre como o líder exerce influência na motivação da sua equipe. O estilo de liderança do líder pode facilitar todo este processo de des-envolvimento do sujeito (da pessoa). A liderança mais apropriada para despertar a motivação e ao mesmo tempo desenvolver as competências necessárias para os membros da equipe poderem atuar nas diferentes posições que a organização os colocarem é o estilo de liderança situacional. Neste estilo, o líder vai mudar de posição (de mais autocrático, passando a democrático até se mais liberal) dependendo do grau de maturidade dos seus liderados no que diz respeito aos aspectos motivação (querer) e conhecimento (saber). O mais importante é o líder aceitar a sua própria condição de incompletude para poder estar mais preparado para lidar com a incompletude dos membros da sua equipe.

No que diz respeito ao modelo identificatório dos líderes, é preciso o líder saber que a motivação não pode ser produzida de maneira artificial, mas de maneira profunda e para isto a pessoa vai precisar estar destituído do próprio espelho (narcisismo primário). O líder precisa também ter a clareza do momento que estamos vivendo em nossa cultura, o imediatismo do prazer. As nossas empresas também estão influenciadas por este momento e procuram oferecer toda a sorte de recompensas superficiais para despertar a motivação das pessoas. A cultura hedonista que vai buscar este prazer momentâneo na beleza, na fama e na riqueza está presente nas nossas vidas. A fantasia lotérica e efêmera também acontece nas nossas organizações. As pessoas querem rapidamente alcançar a fama, a glória, o poder, o status e a riqueza. Os desafios, riscos e mudanças constantes não nos dão trégua. Ao conquistarmos os objetivos anteriores da nossa organização novos e mais desafiadores objetivos nos são apresentados. O trabalho, uma das fontes de realização da pessoa também pode ser fonte de desprazer, dor e sofrimento. Para que isto não ocorra os líderes devem auxiliar neste processo de facilitadores da motivação alheia. Os gestores precisam para além do discurso verbal, ser coerentes com o que se revela nas suas ações no cotidiano. Este é o modelo identificatório de que falamos anteriormente.

Qual é o papel dos gestores no ambiente organizacional? Os gestores possuem o papel de coordenar os esforços conjugados da sua equipe para que juntos consigam alcançar os objetivos da organização. Mas como fazer este trabalho sem contar com a motivação das pessoas? Impossível. Um gestor precisa ter uma boa percepção de si próprio em primeiro lugar e conhecer nele e nas pessoas as competências, os limites de cada um e seus pontos fortes e fracos ESSA PERCEPÇÃO DÁ AO LÍDER A CHAVE PARA TER UM MELHOR RELACIONAMENTO COM OS MEMBROS DA SUA EQUIPE. Logo, é necessário que o gestor conheça as condições sob as quais as pessoas se sentem motivadas, qual o conteúdo da tarefa executada por eles, qual o grau de dificuldade, como melhorar a tarefa, como diminuir os risco na execução, qual a melhor alocação para cada um dentro dos processos que serão realizados levando em consideração as competências exigidas e como está a motivação de cada um

Uma pessoa é motivada em qualquer momento, por uma variedade de fatores internos e externos. Os motivos combinam-se de formas diferentes e estão sempre atuando. Em decorrência desse fato, temos o comportamento individual influenciado por eles. O processo de feedback é importante para ajudar os membros da equipe a recordarem e elaborarem sobre seus comportamentos repetitivos que podem ajudar ou não no alcance das estratégias. Muitos dos comportamentos dos membros das equipes são sintomas que na verdade são repetições de estratégias que dão recompensas ao sujeito (a pessoa), mas que encobrem as verdadeiras causas dos seus problemas e que não estão relacionadas com o trabalho em si. Os fatores externos oferecidos pelas organizações correspondem à perspectiva ambiental. São estes os fatores tradicionalmente enfatizados pelas organizações na busca por melhor desempenho e produtividade dos empregados. São extrínsecos ou periféricos em relação ao cargo em si, são eles: condições de trabalho e conforto; políticas da organização e administração; salários; segurança no cargo, mas não são capazes de sozinhos despertarem a motivação da pessoa. Os fatores satisfacientes ou motivacionais, intrínsecos ao cargo, estão relacionados à natureza das tarefas e possuem maior interferência na motivação porque passam pela questão da satisfação no EGO de cada membro da equipe: realização; reconhecimento; responsabilidade; crescimento e trabalho em si.

A motivação funciona de maneira cíclica e repetida. Mas vale ressaltar que os desejos podem ser satisfeitos ou frustrados (quando a satisfação é impedida) ou compensados (quando é transferida para outro objeto, ou outra necessidade). Na motivação, a tensão provocada pelo desejo pode não encontrar uma via para ser escoada, buscando então um meio indireto de saída. Há nestes casos o surgimento de sintomas e que vão se manifestar no comportamento das pessoas no cotidiano. Na prática, a motivação é muito mais complexa. Cada caso é um caso, mas vamos procurando facilitar este processo e a melhor maneira de despertar a motivação das pessoas é customizar a maneira como o líder trata os membros da sua equipe. Este é o melhor programa para despertar a motivação das pessoas. O que precisamos fazer é promover o auto conhecimento da pessoa e do líder e que ele saiba lidar com a sua permanente trajetória inconsciente de reocupar o centro ou o paraíso para todo e sempre perdido. A base da essência humana é o desejo que se ancora no primitivismo da condição humana e que transita a partir de determinações inconscientes que dirigem a pessoa em busca da sua motivação e das estratégias para evitar o desprazer.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Currículo Resumido

Psicanalista, Mestre em Psicologia pela PUC-Rio, Professor da CCE da PUC-Rio. Especializado em atendimentos a adolescente, adulto e família.
VISITE O SITE: www.cesaribrahim.com.br

Blog do Dr. Cesar Ibrahim

O Blog do Dr. Cesar Ibrahim entra no ar com o propósito de possibilitar maior contato e uma maior divulgação do trabalho comprometido com o desenvolvimento da pesquisa da saúde mental.
O conteúdo disponível visa oferecer não só a ajuda clínica, mas também assuntos do interesse dos estudiosos do tema da Interseção da Psicanálise com a Educação.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

APRESENTAÇÃO

Cesar Ibrahim iniciou a atividade clínica psicanalítica em 1984, com o atendimento de adultos e adolescentes, ampliando o trabalho para a psicoterapia de família. A arquitetura emocional dos jovens é o tema de um longo e continuado trabalho de pesquisa do psicanalista.
Junto às instituições de ensino, Cesar Ibrahim buscou compreender as dificuldades enfrentadas pelos educadores no delicado ofício de conduzir a formação de sujeitos, que devem ser capazes de se constituírem psiquicamente de uma forma autônoma.

CURSOS/ PALESTRAS. A vasta experiência no atendimento de jovens é compartilhada com outros profissionais, tais como educadores, como também com os pais de adolescentes. Todos os meses o Dr. Cesar Ibrahim participa de palestras, cursos e seminários voltados para uma melhor compreensão da dinâmica da sociedade moderna contextualizando o comportamento jovem.

Para contatos, cadastre-se no site www.cesaribrahim.com.br ou por e-mail cesar@cesaribrahim.com.br

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Entrevista - Fantástico

Fantástico - Globo Video Chat
20/11/2005

O limite do 'Não' para pais e filhos.
Chat Fantástico na íntegra

http://videochat.globo.com/GVC/arquivo/0,,GO6835-3362,00.html

Moderador fala para a platéia: O que fazer quando os jovens se recusam a aceitar um "Não" dos pais? Logo após o programa, o psicólogo César Ibrahim fala sobre a relação entre pais e filhos adolescentes. Mande sua pergunta e participe!

César Ibrahim fala para a platéia: Boa noite!

Moderador apresenta a mensagem enviada por amor: Oque faser quando nós falamos não e mesmo assim ele faz/
César Ibrahim responde para amor: Bom, se o Não não está sendo obedecido, é sinal que está em curso uma dificuldade dos pais dizerem não. É preciso ser mais firme do que já foi até então, especialmente se a idade cronológica passar dos 13 anos.

Moderador apresenta a mensagem enviada por thais_sp: Na opinião do Sr, até onde vai o limite do não, para o filjo que pede aos pais para dormir com a namorada em casa?
César Ibrahim responde para thais_sp: Essa questão depende da cultura de cada família, fica difícil estabelecer uma resposta geral. Vai depender da singularidade imposta na educação de cada filho. Nada acontece senão como produto de uma educação que começa na infância. Se isso for levado como uma coisa natural, está bem, mas há famílias que não admitem esse convívio. É preciso analisar o conjunto de valores.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Muriqui: O não pode ser na forma de orientação. o que fazer para que eles aceitem a autoridade paterna ?
César Ibrahim responde para Muriqui: A princípio, a autoridade paterna está acima de tudo, deve ter em última análise a palavra final. E quando falamos em paterno, não nos referimos exclusivamente à figura do pai. Ela pode ser exercida pelo responsável e tem que ser acatada pelo jovem. Há circunstâncias em que o Não é a última palavra e não pode ser negociada, assim como várias autoridade que temos na sociedade. É preciso que o jovem aprenda a ordem insuperável e que fora de casa ele também vai encontrar essa barreira.

Moderador apresenta a mensagem enviada por AnnOnnImmOuS: o que seria "ser mais firme" ao pregar o não?
César Ibrahim responde para AnnOnnImmOuS: Ser mais firme significa ter coerência entre aquilo que você diz com aquilo que você faz e mostra como pessoa, pai e educador. Não é possível você exigir o respeito às leis e, por exemplo, não cumprir, avançar um sinal.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Gik: Boa noite, você acha que filho de pais separados tem mais dificuldade de aceitar nâos? às vezes sou bastante brava com ele para ser atendida e fico muito angustiada. Ele às vezes diz que eu só falo brigando,só que se não for assim ele começa .Q faço?
César Ibrahim responde para Gik: Não, não há efetivamente essa variável. Não existe complicação adiconal. O que atrapalha os pais nessa questão não é o fato de estarem separados, o que complica é a divergência entre si. Com a sensibilidade que os adolescentes têm, se aproveitam da fragilidade que os pais têm.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Gabbhy: Percebo que os pais querem que os filhos sigam o seu caminho e têm dificuldade em aceitar que os filhos façam a sua escolha, gerando um desconforto familiar. Como agir?
César Ibrahim responde para Gabbhy: Isso, eventualmente, acontece, você tem razão. É um dado quase universal, o desejo dos pais de produzirem filhos à sua imagem e semelhança. Eles quase que moldam uma forma imaginária para os filhos e fazem uma trajetória. Muitas vezes acabam impondo com rigor que os filhos sigam este caminho. A adolescência é um período onde os pais começam a perceber e aceitar que os filhos sigam outros caminhos.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Deize: o que fazer com um filho de 19 anos que nao pensa em outra coisa alem de jogar no computador?
César Ibrahim responde para Deize: Um menino de 19 anos que tem como atividade prodominante computador, não chega a este estágio de uma hora para outra. Isso foi um caminho e mais do que nunca é preciso rigor. Se ele trabalha, faz estágio, estuda, há sinais de que ele precisa do computador. Você tem que impor regras e exigir que ele cumpra. A utilização é inevitável, mas tem que ser utilizada em compatibilização com a idade dele.

Moderador apresenta a mensagem enviada por biz: Como devo proceder com o Papai, quando ele se recusa a aceitar o meu Não? Asvezes ele me pede par fazer algo e eu diga Não, Ele vai a loucura...
César Ibrahim responde para biz: Em primeiro lugar, é preciso estabelecer sobre a diferença da condição do seu pai e a sua. Há Nãos que você vai colocar para o seu pai e ele pode não aceitar. Há Nãos que ele vai determinar a você e você não vai poder deixar de cumprir. Na sua condição de filho, você tem todo o direito de negociar, mas não pode colocar Nãos para ele e achar ingenuamente que ele cumpra. O normal é que você acate as leis e ganhe uma "carteirinha" de cidadão do mundo.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Mariana: O que você acha sobre a gravides na adolecencia e qual a reação normais dos país, como devemos falar????
César Ibrahim responde para Mariana: Essa questão da sexualidade na adolescência e o uso das substâncias químicas devem ser acompanhadas, ainda que a distância, pelos pais. Eles precisam saber como os filhos pensam sobre esses assuntos e se aproximem deles. A gravidez na adolescência pode trazer consequências graves aos jovens pais e também para a criança. Na medida do possível, os pais devem supervisionar os filhos e saber como é a relação deles com estas questões.

Moderador apresenta a mensagem enviada por psiNaO: O não deve ser "ensinado" a criança em seus primeiros meses de vida naum é?...Parece que há alguma relação com afase anal da criança?...é verdade?
César Ibrahim responde para psiNaO: O Não começa desde muito cedo e não necessariamente é verbalizado, não é preciso dizer. Uma das primeiras formas de se educar a criança é o controle de usar o urinol, a medida que a fralda vai sendo abandonada, diferente das outras espécies animais.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Marina: Meu filho de treze anos me acha muito invasiva, porque quero saber de paqueras e sobre seu relacionamento com os amigos. Como conseguir um diálogo franco sem invadir a privacidade do adolescente?
César Ibrahim responde para Marina: É preciso muita sensibilidade porque essa proximidade vai depender da qualidade da relação que você tem com seu filho. Tente não transparecer que essa aproximação tem o objetivo de investigar. Com isso, ele vai entender.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Rita: Como ajudar um filho que se sente excluido pelos colegas?
César Ibrahim responde para Rita: Essa é uma das circunstâncias mais dolorosas para a família e para o jovem que vivem esta situação. Isso é muito freqüente e a auto-estima é atacada. Você pode tentar conhecer e saber um pouco mais sobre as razões desta exclusão. O primeiro passo é tentar saber com seu filho se ele consegue identificar essas razões, que em geral estão nele mesmo. Ele precisa saber lidar com esse mundo agressivo que é a adolescência. É preciso saber lidar com o mundo tal como ele se apresenta.

Moderador apresenta a mensagem enviada por Juuu: César, a situação é a seguinte: um pai descobre que não é o pai biológico do filho. O garoto tem 7 anos. Existe uma "melhor idade" para contar isso? Como agir? A autoridade do pai fica em risco numa situação como esta?
César Ibrahim responde para Juuu: Não, o que vai prevalecer é a relação afetiva que você tem com ele, independente do laço sanguíneo. Se se sente em condições de compartilhar essa informação com ele, o laço afetivo vai permanecer intacto. Não vai mudar nada!

César Ibrahim fala para a platéia: Eu quero agradecer a oportunidade de compartilhar estas questões tão complicadas, que são para mim também na condição de pai.

Moderador fala para a platéia: O bate-papo do Fantástico termina aqui. Obrigado a todos pela participação e boa noite.

Encontro de Professores_Batutinhas 2010

Encontro de Professores_Batutinhas 2010
Batutinhas 2010

Encontro de Professores_Batutinhas 2010

Aconteceu no dia 02 de Fevereiro de 2010

Briefing

No auditório do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) em Botafogo, a Escola Batutinhas reuniu seus professores e colaboradores para assistirem uma palestra do Dr. Cesar Mussi Ibrahim na abertura do ano letivo de 2010.
Cesar falou sobre a Cultura do Imediatismo onde o imperativo do gozo que se superpõe ao da segurança na nossa sociedade atual.
Discutiu sobre as questões relacionadas ao narcisismo primário da criança e qual o papel do professor para tirar o pequeno príncipe do pedestal para que ele possa se desenvolver.
Afirmou que se não tirarmos o invólucro desta criança ela não terá condições de crescer e que para tanto ele terá que abrir mão de algumas regalias do seu pequeno reinado. Declarou que os pais também precisam assumir o seu lugar de autoridade e dar para seus filhos os limites necessários para o seu crescimento e sua saúde mental.
A criança para crescer precisa aprender a conviver em um grupo, socializar e interiorizar as regras que a cultura vai impor: a hora de brincar, de comer, de estudar etc.. Em casa, as crianças, muitas das vezes, criados por pais super bem intencionados, não se acostumaram com a palavra NÃO e seguem vida a fora vivendo como se fossem o centro do universo. O trabalho do professor é mostrar para a criança que ele vai encontrar, em toda a sua jornada, frustrações e que nem tudo será possível. Cesar ainda abordou fatos sobre a Cultura Hedonista (do gozo e do imediatismo) e o uso da medicalização para amenizar a dor e também transformar a vida em algo mais fácil para se viver. Apontou os riscos do uso desenfreado da ritalina para contenção de crianças que são mais agitadas que outras, as famosas hiperativas que não conseguem ficar paradas e manterem a atenção em sala de aula. Um ponto interessante foi quando Cesar disse que para podermos cuidar das questões dos outros precisamos estar plenos com nossas próprias questões e afirmou que os professores precisam se preparar primeiro para este trabalho árduo que é educar. Toda a nossa capacidade de lidar com as questões de autoridades estão relacionadas diretamente com a maneira como nós mesmos passamos pelo nosso processo de destronamento narcísico.
Reivindicar o trono é algo que nos acompanhará por toda a nossa vida. Nossas questões narcísicas precisam ser bem compreendidas para que possamos fazer nosso trabalho de acolher as demandas alheiras e promover a escutas destes pais de destas crianças.
Cesar falou sobre as fases da vida. O ser cuidado, o cuidar-se e o cuidar do outro e disse que esta última algumas pessoas não conseguem atingir.
Sobre os limites Cesar foi bem enfático: "SÃO NECESSÁRIOS E SEM ELES A CRIANÇA NAO CONSEGUIRÁ SER UM ADULTO SAUDÁVEL INSERIDO NA SOCIEDADE."
A palestra foi finalizada abrindo para questões onde os professores puderam discutir alguns pontos abordados como foi o caso da participação do professor Mauro que contou um caso do seu aluno e fez o grupo refletiu e aplicar os conceitos abordados pelo Cesar.

Postado por: Alice Ferruccio

Encontro de Professores_ Batutinhas 2010

Encontro de Professores_ Batutinhas 2010

Observações sobre o curso A Educação e a Dor de Aprender da PUC-RJ.

Caros alunos(as),

Enviem suas observações sobre o curso, que foram lidas na última aula, para que possamos publicá-las no blog.

Parabéns e obrigado(a) a todos os alunos(as) do curso A Educação e a Dor de Aprender da PUC-RJ.

Professor Cesar Ibrahim

Monitora: Alice Ferrruccio (alice.ferruccio@gmail.com)

Para quem não leu:

Dica de leitura: livro do Philippe Ariés - História Social da Criança e da Família
1. Site para leitura:
http://www.scribd.com/doc/19716181/PHILIPPE-ARIES-Historia-social-da-crianca-e-da-familia

Título Original:
L Enfant et al vie familiale sous 1 Ancien Régime.

Para quem não fez ainda:
Escrever um caso clínico (relato sobre um caso ocorrido na Escola). Vide roteiro para o relato do caso clínico no blog.

Recordar, repetir e elaborar (para quem não leu ainda)
http://www.scribd.com/doc/7229887/RECORDAR-Repetir-e-Elaborar